A pesquisa comparou alunos de instituições que proíbem e que permitem o celular no Reino Unido. Foram coletadas informações de 1.223 estudantes de 30 escolas britânicas.A pesquisa não encontrou diferenças significativas na saúde mental dos estudantes, nem no desempenho em inglês e matemática.
“As nossas descobertas sugerem que as políticas escolares restritivas na sua forma atual não influenciam significativamente o uso do telefone e das redes sociais nem geram melhores resultados para os adolescentes numa série de domínios mentais, físicos e cognitivos”, diz o estudo.
Entretanto, os dados sugerem que as intervenções para reduzir o tempo de uso de celular e redes sociais para melhorar a saúde mental dos estudantes são plausíveis, mas, para isso, “tanto o uso na escola quanto fora dela devem ser considerados em conjunto”.Apesar de não encontrar distinções relevantes entre os adolescentes das escolas avaliadas, a investigação encontrou relações negativas entre um maior tempo de uso de celulares e a saúde mental e o desempenho nas escolas. Ou seja, passar mais tempo nos aparelhos — também fora da escola — pode piorar os resultados acadêmicos.
Proibição de celular nas escolas no Brasil
O Brasil está em linha com países que restringem o uso do celular, como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda.
A Lei nº 15.100/25, sancionada recentemente, determina que o uso de aparelhos eletrônicos por estudantes está proibido em escolas públicas e particulares, inclusive nos intervalos. O objetivo desta medida é “salvaguardar a saúde mental, física e psíquica das crianças e adolescentes”.
A norma teve o apoio da população enquanto tramitava no Congresso Nacional. Uma pesquisa Datafolha de outubro de 2024 revelou que 65% dos pais com filhos de até 12 anos ou até 18 anos apoiam o banimento.
fonte:cnnbrasil