Polícia encontrou cavalos com fraturas e investiga para onde a carne era levada e quem vendia o produto.
Um abatedouro clandestino de cavalos foi fechado em Anápolis, no interior de Goiás, após denúncias de moradores sobre movimentação estranha de urubus e um forte cheiro vindo da região.
Durante a operação, realizada no último domingo (9), a Polícia Civil, a Polícia Militar, o Batalhão Rural e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente encontraram mais de 40 cavalos sem água, sem comida e com ferimentos graves. As informações são do g1. De acordo com o capitão Leyster Araujo, do Batalhão Rural da Polícia Militar, ao chegarem no local, os agentes encontraram os animais em um espaço improvisado, pronto para o abate. “Encontramos animais já separados em uma espécie de curral para serem abatidos. Tudo evidencia que essa carne era comercializada para o cidadão”, disse o capitão.
Na área vistoriada, além das condições precárias dos cavalos, alguns tinham fraturas nas patas e olhos lesionados, o que evidenciou a situação de maus-tratos.
Destino da carne ainda é investigado
Segundo Marcelo Guimarães, coordenador regional da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), a suspeita é que o local servisse apenas para o abate dos animais. “A gente percebeu que era um local de abate. Deve haver um local onde é feita a manipulação e transformação dessa carne. Então, nós vamos até esse local. Estamos investigando onde é, e quais pontos de venda estavam fazendo o comércio desse produto”, afirmou.
As investigações buscam identificar quem comprava a carne e onde ela estava sendo vendida. O trabalho da Polícia Científica também está em andamento para realizar as perícias necessárias.
Cavalos resgatados foram levados para tratamento
Os cavalos resgatados foram encaminhados para uma chácara administrada pela Prefeitura de Anápolis, onde recebem cuidados veterinários.
O secretário de Meio Ambiente do município, Rone Barbosa, destacou que o caso acende um alerta para a fiscalização sobre a procedência dos alimentos consumidos na cidade. “É um alerta para que a prefeitura atue de forma mais incisiva na avaliação dos produtos que estão sendo consumidos na cidade. Qualquer conclusão nesse momento é prematura em relação ao destino dessa carne; cabe à investigação policial”, disse Rone Barbosa.
fonte:alfinetei