O peso do sacrifício de Jesus Cristo vai além do simbólico. Já exausto pelos açoites romanos, com intensa perda de sangue e dores insuportáveis, Ele foi forçado a carregar uma cruz de aproximadamente 100 quilos por quase 1 quilômetro até o Gólgota, local da crucificação. O trajeto, conhecido como Via Dolorosa, atravessava as ruas estreitas de Jerusalém, sob olhares de zombaria, desprezo e também de compaixão.
Estudos históricos e arqueológicos indicam que os condenados costumavam carregar apenas a parte horizontal da cruz, chamada patíbulo, mas no caso de Jesus, acredita-se que a carga tenha sido especialmente pesada, tanto física quanto emocionalmente. Mesmo debilitado, Ele avançou entre tropeços, até que Simão de Cirene foi obrigado a ajudá-lo a seguir caminho. A cena se tornou uma das mais marcantes da história cristã.
A crucificação de Cristo representa não apenas um martírio físico extremo, mas um gesto de amor e entrega que, segundo a fé cristã, abriu o caminho da salvação. Ao refletirmos sobre a Sexta-feira Santa, é impossível não nos comover com tamanha dor suportada em silêncio, e com a força espiritual de alguém que, mesmo sendo inocente, escolheu carregar a cruz de toda a humanidade.
fonte:babadeira