O amianto é altamente cancerígeno e ataca principalmente os trabalhadores de indústrias que usam o amianto como matéria-prima, mas a população em geral não está isenta dos perigos da fibra.
“É comprovado cientificamente que uma pessoa em exposição ao amianto, inalando-o constantemente, pode adquirir vários tipos de câncer, entre os quais a asbestose, a mais frequente entre as enfermidades fatais, que ocorre quando as fibras do mineral alojam-se nos alvéolos, comprometendo a capacidade respiratória; a mesotelioma, um câncer da membrana que envolve os pulmões; o câncer de pulmão e as placas pleurais, que surgem nas pleuras e são benignas”, explica a especialista em Medicina do Trabalho Cecília Binder, ligada à Faculdade de Medicina da UNESP. “Estes tipos de enfermidades, oriundas do contato com o amianto, podem levar até 20 anos para se manifestar e, em quase todos os casos, não há uma cura concreta”, completa.
Quando telhas feitas desse material se deterioram, são cortadas, quebradas ou perfuradas, elas liberam microfibras invisíveis no ar. Ao serem inaladas, essas fibras podem se alojar nos pulmões e provocar danos à saúde.”